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quarta-feira, dezembro 07, 2011

Naquela época havia lógica em seu raciocínio. Uma emoção que parecia ser sincera. 
Num instante parei de olhar pensar em mim, no que eu queria e passei a apreciar seus movimentos.  
"Como era possível demonstrar tamanha segurança se em seu rosto estava tatuada a palavra medo?" Eu pensava. 

A primeira vista ele se tratava de um alguém comum, qualquer. Claro, algo nele chamava a atenção mas, dizer exatamente do que se tratava... IMPOSSIVEL. Observando era notável que os detalhes é que o faziam realmente atraente. Os cabelos caindo charmosamente sobre olhos os negros... O jeito de morder o lábio inferior, em apenas uma fração de segundo, quando algo o deixava sem graça ou ouvia algo que não esperava... Jogava a cabeça para trás cada vez que imaginava algo político para dizer... Como seu ficava olhar perdido quando pensava algo sério...
Os detalhes fizeram-no um homem terrível. 
Terrivelmente encantador. 

Quando dei por mim estava escondida por trás do lençol, envergonha por tê-lo feito se expor assim. Mas, satisfeita por saber que era importante a ele de alguma forma -antigamente eu acreditava em palavras bonitas- isso o fazia ainda mais merecedor do que de melhor eu poderia oferecer -ou tentar oferecer- a ele paz. 


sábado, dezembro 03, 2011

Um gesto

Novamente estavam a sós. Ele a abraçou e parecia cuidar para que ela nunca partisse. Ela por sua vez escondia-se em seu abraço como se fugisse do mundo. Talvez não fosse o mundo que a assustava mas ela própria. Ela ora heroína, ora vilã; mulher e menina. Tanto faz quem era, ele parecia conhecer seus pensamentos ainda que estes não fossem exteriorizados. A pergunta era: "Até quando?" "Como um simples abraço poderia ser tão completo?". Em cada toque dele sua cabeça girava, o corpo se rendia e os lábios se encontravam. 
"-Pode ser que você entenda o que digo, se decidir ignorar não faz diferença. Ela tinha certeza do que iria dizer- "Isso não me pode ser tirado. Não quero perder isso."
Abraçou-o mais forte.

Como se ela entregasse a ele seu próprio coração que pulsava descontroladamente -sem máscaras, sem mentiras-. Ele recebeu sorrindo em cumplicidade. No fundo ele compreendia a situação. Então guardou-o em uma pratilheira numa estante poeirada, dentro de si mesmo, guardou-o em um local alto o bastante para que nada o atingisse e baixo o suficiente para toca-lo quando desejasse.








"As vezes uma situação não deve ser comentada, não por ser indigna de
comentários e sim, por ser especial demais para ser compartilhada"

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Sinceridade

-Bom dia querido! Eu disse. Ainda que não houvesse motivos reais para ser educada com ele, eu não conseguia evitar já que seus olhos tristes me encantavam. - O café está pronto, quente e forte do jeito que gosta. Posso servir?
- Hum... Você está aqui para isso não é... Fazer minhas vontades? -Ironizou forjando um sorriso. -Onde está o jornal?

Jornal...
Café...
Era apenas nisto que ele pensava ao acordar. Nada mais importava.
Ele... Ele.. Ele...e claro, ele.


Enquanto lia o jornal ele balbuciava palavras indefiníveis e segurava sem muita atenção a xícara.  Nas vezes que passei a noite em seu apartamento, ao acordar na manhã seguinte era a mesma rotina: Me levantar, tomar banho, preparar o café. Ele acordava, escovava os dentes, sentava-se à mesa, lia seu jornal enquanto tomava café.E eu torcia, rezava, implorava, em pensamento, para que ele derramasse aquela maldita xícara com café em si mesmo. Obviamente me sentia má por pensar isso. "Imagine só manchar aquela linda toalha branca."
Sentei-me à mesa no lugar à sua frente:
-Você merecia ser queimado vivo, sabia? Comentei, enquanto deslisava o dedo indicador na lamina de uma faca qualquer. 
-E alguém deveria cortar sua língua. E bem, esse alguém poderia ser eu. Afinal já estamos tão próximos.  Ele falou indiferente, sem sequer desviar os olhos daquele jornal idiota.
 -Seu cafajeste egoísta... Filho da puta! Você realmente acha que o mundo gira ao seu redor? 
-Não- baixou o jornal- O mundo não gira ao meu redor, infelizmente.
Em um instante olhou para meus lábios, subiu para meus olhos e completou:
 - Apenas você.
Ele desistiu do café, levantou e contornou a mesa em minha direção. Ao se aproximar retirou a faca de minhas mãos... Apertou forte meus ombros e abaixou sussurrando:
-Apenas você... MINHA pequena.


Enquanto minhas pernas tremiam, o coração pulsava mais intenso e o corpo queimava pela sua simples proximidade.  Não havia nada mais a ser dito. Era nossa imperfeita e completa relação, eu não me importava em ser apenas sua. Só queria lhe transmitir alguma paz. Foi nesse instante que entendi que não fazia as vontades dele.
Somente as minhas.
"É... Quem diria -pensei, enquanto sentia seus lábios em minha nuca- Afinal eu também era uma filha da puta egoísta."





" E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração"

quinta-feira, novembro 17, 2011

Vinho.

Para ocupar o tempo vago sugeri à Monica e Lívia de irmos ao cinema. Entretanto Mônica preferia tomar sorvete e jogar cartas em seu apartamento. Entre uma conversa e outra abrimos um Lídio Carraro e dividimos dois charutos enquanto Lívia nos contava seu último desencontro com um americano exilado no país, Antony. Lívia a primeira vista era ingênua e doce, mas, por trás dos olhos claros o fogo a consumia quando relatava os detalhes mais sórdidos de conversas diárias ao telefone com Antony. Sinceramente se não a conhecesse tão bem diria que era uma vadia depravada. E bem, ela era mesmo. Algumas horas se passaram quando me perdi nos ponteiros do relógio na parede, Quando voltei ao mundo real me encontrei observando o beijo e as caricias entre as duas garotas. Aquilo não me incomodava, mas, já passava da hora de acabar.
Na verdade havia poucas coisas em minha vida que realmente me agradavam, com o tempo meu comportamento vinha revelar certas preferencias. A rotina diária me fazia forte e outras vezes eu me tornava apenas um alvo fácil. Da noite anterior fragmentos de lembranças persistiram em atormentar o que restava da minha dignidade, lembranças fundidas ao gosto do vinho...  Ainda assim gostava de agrada-lo.

-Vinho? Sussurrei próxima de seus lábios, me afastando de seu abraço.
-E cigarros.
-É um pedido?  Brinquei.
-Considere uma gratificação pelo meu desempenho. E me agradeça por não cobrar. –Seu tom era sério, raramente consigo identificar uma brincadeira vinda dele. Mas já tinha me acostumado com seu mau humor crônico.
-Meu corpo está dolorido. Mencionei inocente, enquanto pegava duas taças.
-Imagino. Você tem andado insaciável. Pergunto-me o que anda aprontando, pequena.
Sorri em sua direção. Ele sabia que nunca lhe diria uma única verdade. Nunca disse.

Recuperando minha sanidade o som dos beijos entra Lívia e Mônica estava-me enojando achei melhor ir embora antes que anoitecesse. 
A noite iria encontra-lo novamente.


terça-feira, novembro 15, 2011

Beatriz

-Não entendo. Porque iremos embora mamãe?
Sônia olhou aqueles olhos tristes pensando no que dizer para justificar os últimos acontecimentos na vida da filha, mas, a pequena não tinha mais que oito anos. Era jovem demais para entender o mundo complicado dos adultos.
Então, levantando suavemente o rosto de Beatriz em sua direção, sorriu, dando inicio a uma nova explicação:
-Ah meu amor, nós iremos para outra cidade conhecer novas pessoas, ter uma nova casa... 
Você não quer fazer novos amiguinhos?
Aqueles olhos duvidosos pareciam não acreditar no que lhe era dito, sempre desconfiados.
-Gosto dos meus amigos e da nossa casa. Não precisamos de coisas novas.
-Bem querida isso não é uma escolha.  Pense que você fará novos amigos, terá uma nova escola. Tudo novo!
-E porque deixaremos o papai, quem vai cozinhar e deixar tudo limpinho? Questionou.
-Não se preocupe querida – Sônia respondeu em tom amargurado- 
o papai tem uma nova amiga que vai ajuda-lo.
  

E foi assim que a primeira mulher da minha vida apareceu. 
Ela perdeu a graciosidade com os anos. No geral, parecia uma criança grande que enxergava duendes em todo o canto. Beatriz e eu crescemos juntos. Ela tornou-se mais que amiga, ela era uma irmã. Falávamos sobre tudo: mulheres, homens, filmes, sonhos e objetivos. Bons tempos. Naquela época eu conseguia sonhar.


Alguns anos se passaram... Beatriz fez novos amigos, mas, não gostou da nova casa.
Ela cresceu e aos quatorze anos já sabia o suficiente sobre a traição do pai e que sua nova amiga fazia muito além de cozinhar e limpar a casa: ela fazia o serviço completo cama, mesa e banho. Isso a abalava mais quando estava próximo a algum feriado. Apesar de tudo, era seu pai. 
Talvez isso a envergonhasse mais do que a decepcionasse.
É a única coisa que até hoje não conseguir definir vergonha ou decepção.
Beatriz era transparente e quando pensava nisso, profundamente, seu rosto se contorcia como se fosse vomitar a qualquer instante. E ainda sim, sorria.
O que lhe faltava em beleza era compensado em carisma. Ela possuía olhos escuros e profundos que brilhavam a cada sorriso, o que facilmente fazia lembrar o mar durante a noite. Seu sorriso gigantesco era o convite para um bom dia. Nunca a vi chorar, mas, se isso acontecesse eu estaria ali para ela.
Sempre.




"Ela compartilhava comigo sua ingenuidade e eu cuidava para que isso nunca terminasse."

segunda-feira, novembro 14, 2011

Mentira



-Tem medo de mim? Ele perguntou sorrindo em seguida.
-Isso te faria feliz? E dei de ombros.
-Não. Foi apenas um palpite.
O que ele queria dizer... Eu não queria pensar nisso, acho. 
Bebemos um café, fumei um cigarro. Por algum tempo fizemos silêncio. Fiquei interessada em saber se algo era capaz de arrefecer sua lascívia... 
Mesmo assim agi cautelosamente. 
Não posso saber o que ele pensava, entretanto seu olhar parecia gostar do que via....





"Todo medo esconde um desejo"

Momento.



E lá estava ele, parado à minha frente. Fodidamente sedutor.


-O que leva uma pessoa a ficar com você? Perguntei irônica.
-Hum, isso eu não sei- olhou para céu o como se refletisse profundamente a questão- Mas, acho que os papéis estão invertidos. A pergunta certa seria (em um gesto rápido me puxou para perto de si e sussurrou em meu ouvido):
- O que te leva a ficar comigo... sempre? 


Fiquei imobilizada por sua voz ecoando em minha cabeça.  Eu estava longe o suficiente de seus lábios, entretanto, perto o bastante para sentir sua respiração quente junto a minha nuca, enquanto suas mãos brincavam com meus dedos... E percorriam suavemente minhas mãos... braços.. cintura...costas... Foi como se me descobrisse nua em sua presença. Por um instante foi como se não houvessem roupas, pudor, constrangimento. Não havia certo ou errado. Apenas nós.
Era um momento daqueles que a gente não se arrepende. Se solta, se entrega, se esquece. 


Me virei para encontrar seus lábios. 
-Qual era a pergunta? E me perdi em seus braços..





"Algumas perguntas merecem ficar sem resposta."

quarta-feira, novembro 02, 2011

Cotidiano...

-O que foi, Lu?
-Como assim "o que foi"?
-Você.. está olhando pra mim. Tem algo errado?
-Não estou olhando não.
-Esta sim.
-Agora estou.
-Está me olhando faz tempo.
-Na verdade estava pensando que...
-..Pensando e me olhando..
-Não estava te olhando, estava apenas pensando.. e agora estou te olhando.
-Então você admite?
-Admitir o que? 
-Como assim o que? Você estava me olhando.. eu vi.
-Já disse que não estava.
-Sim, você estava me olhando e pensando em mim.
-Mas, não estava pensando em você...
--Aháá. Ganhei  *-*
-Ganhou o que?
-Você admitiu que estava olhando pra mim. 
-Nao admiti nada...  Beto, o que você andou bebendo?
-Você disse que não estava pensando em mim e não que não estava me olhando. Logo, seu inconsciente não conseguiu se desviar da verdade. Você estava olhando pra mim. É tão dificil admitir isso?
-Mas, eu não estava...Ah, cansei.
-Sua desistencia denota sua fraqueza ante a verdade. Eu venci.
-Tá bom, Beto.Você venceu! Tenho que ir.
-Tão cedo, Lu? Fica mais um pouco.. Ah, me diz o que estava pensando..
-Deixa pra lá, nem me lembro mais.
-Então esquece isso e vem cá me dar um beijo... 
-Depois.. Primeiro vá escovar os dentes porque não consigo tirar os olhos dessa alface colada neles.
-Viuuu, você estava olhando pra mim..




quarta-feira, outubro 12, 2011

Dependência

Pessoas não me pertencem. As sensações prazerosas ou não, sim, estas me pertencem.  Não me peça o impossível, esquecer você, mas sugerir que eu siga em frente sem “nós”, acho digno. Não diga que me conhece, nem eu me conheço. Pouco sei a meu respeito. A cada dia descubro uma sensação. A cada momento uma nova informação chega até mim de maneiras varias e por consequência renasço todos os dias, de todas as formas.

Minha forma é a de sempre o modo de preparo é o diferente.

À noite ao deitar, olho para o teto, me vejo com você, sem você, com sua voz ou apenas com lembranças nossas, disformes. Quando essas imagens vêm à minha mente são tão próximas que quase posso toca-las. Dá para entender? Eu pertenço a alguém que não me quer, no entanto: possui-me.
Meu corpo é apenas refúgio para minha alma inquieta. Essa alma teimosa que me ignora quando lhe digo para não sorrir ao te ver.
 Então me deixo em um canto como castigo. E meu corpo que se acostume a ser só meu, já que minha alma não deixa que outro a seduza. 



"Comigo é assim mesmo: nunca me satisfaço e você é meu vicio." 


domingo, outubro 02, 2011

Dois lados

Sobre Você:

Às vezes você fala o que está sentindo, de repente se fecha e eu fico confusa. Eu não consigo entender, não consigo te entender. Mas de repente não importa se eu te entendo ou não, o que importa é que você está lá, pra mim. Talvez não só pra mim, mas você está lá. Eu não sei de muitas coisas do seu passado, e não faço questão de saber. -O passado pode até ter influenciado no seu presente mas, você mudou e me mudou por consequência. - e...


A meu respeito: 
Às vezes nós vemos só o que queremos ver, mas, ao enxergar a verdade, por mais que venha a doer, entende que o caminho ideal a seguir é o oposto, daí a gente se afasta e decide recomeçar. Mas, por onde? Se há tempos estamos nessa trilha que parece a certa. 
E daí se no fundo sabia que não daria em nada? Valeu a pena? 
E de repente a verdade te derruba e você não passa de mais uma pessoa querendo a estrada certa, mas, andando na errada... E o pior: com a companhia errada.



“Um lobo não deixa de ser lobo porque você quer enxergá-lo como cordeiro. A ilusão é sua e certas coisas não mudam.

Decepção

Dar valor a pessoa errada nos tira a pessoa certa quando se trata de amizade. Prometo hoje, vou valorizar só quem merece ser valorizado independente do tempo ou distância.
O resto é resto, só resta ignorar mesmo.
Um dia pessoas percebem que você faz falta e nesse dia será tarde.
Tem gente que merece e não ando valorizando... e quem não merece ando supervalorizando, por nada! Enfim, agora estou no caminho certo!
Amigos... de fato, são a família que Deus nos permite escolher



“A gente só se decepciona com quem é importante. Nunca mais vou me esquecer, fato.”

Sobre Morangos e flores!

Descrição: Festa do Morango e das flores em Atibaia.

Na festa: 
Decoração Japonesa; 
Cachaça de Canela; 
Licor de Milho; 
Salame ao vinho; 
Queijo com ervas finas; 
Comida mineira; 
Pé-de-moleque;

Ah, sim é a Festa do Morango...

Logo para fechar o dia com chave de ouro espeto de morango e fondue!







"No fim: Valeu o passeio, conhecer a cidade, curtir a companhia e ser feliz!"

Fortaleza

Você ficará forte apenas por desejar o ser. 
Não depende de quem está ao seu lado e sim de quem quer ser para continuar ao lado desta pessoa. 
E, no fim, você vai perceber que o “você forte” e reflexão de quem você sempre foi, mas, não havia descoberto até então.
Não sabe que seu maior inimigo é sua própria consciência? 
Não tema a si mesmo. 
Entre na parte escura de sua cabeça e descubra que tipo de monstro esta criando em seu interior. 




" Dentro de nós há um pecador e um santo. Tanto um quanto o outro se desenvolvem, cada qual em seu próprio plano. Tanto um quanto o outro, e não um ou outro. Ambos ao mesmo tempo. Enquanto o santo se desenvolve – se o homem é um santo-, o pecador dentro dele se desenvolve apenas no plano imaginativo... Se o homem é um pecador- isto é, se o pecador leva mais vantagem qe o santo- , o santo se desenvolve o melhor que pode no plano imaginativo (um desejo de santidade). É por isso que um pecador convertido nunca começa do nada. Ele fez algum progressa durante sua vida de pecado. 
Julien Green.

Confiança

Isto não é o que quero, mas, vou pegar a estrada.

Talvez porque eu encare tudo como uma lição. Ou porque não queiro andar por aí com raiva. Ou porque finalmente entendi que há coisas que não queremos que aconteçam, mas, temos que aceitar. Coisas que não queremos saber, mas, temos que aprender. E pessoas que não queremos perder, mas, temos que deixa-las ir.




“Se é um amigo precisa, deixe-me sê-lo.”

Amizade

Em geral, gosto de estar só e aproveitar o que resta de mim e mim mesma. Não gosto de estar sozinha quando estou em meio à centenas de outros solitários porque simplesmente não entendo como podemos andar lado - a - lado, sem estarmos acompanhados e ao mesmo tempo vazio de nós nos outros.



"Não há morte mais triste que a desistência da vida. Em que o corpo torna-se sepulcro de nada."
Algumas situações doem tanto e penso que não conseguirei suportar nem mais um dia. A dor também faz parte do processo de cicatrização e mesmo curada por consequência sempre existira uma marca para lembrar-me das escolhas feitas. Do caminho que escolhi percorrer sozinha. E quando encontro o medo, ora essa, tenho que ignorá-lo para continuar vivendo.
Deus é mais que um deus. Deus é vida, é compaixão, misericórdia, é fé, esperança, alegria. Que sua luz ilumine meu ser por todos os dias de minha vida. Meu Deus, meu Bem maior. <3 



“Só Deus nos dá a coragem. Com Ele serei invencível e vencedora em minha guerra pessoal.”

Anjos

Quem realmente te ama e se preocupa contigo não irá apoia-lo sempre. 
As pessoas que não te apoiam no que você não é bom ou em algo errado é que são suas verdadeiras amigas. 
Estas merecem ser valorizadas. 
São anjos disfarçados de amigos.



"Santo Anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a ti me confiou a piedade divina 
sempre me rege, me guarda, me governe, me ilumine. Amém"

Compreensão

Te entendo..
Entendo quando você dizia que queria fazer algo especial pra mim e eu não deixava,
Porque no fundo eu queria poder fazer algo e não podia.
Entendo sua falta de experiência com namoro e como fazia tudo para dar certo
Porque no fundo eu também era inexperiente
Entendo quando você dizia que eu poderia dizer qualquer coisa... Que não te magoaria..
Mas, no fundo magoava sim.
Mas, seu amor era tão sincero que você relevava. E releva ainda hoje
Sei como era injusta quando reclamava que você era chicletinho demais.
Mas, muitas vezes eu gostava.
Mas, eu não gostava de não ser assim.
Entendo quando você dizia que não era questão de sexo ou beleza física.
Era eu mesma que te agradava, no entanto isso não entendo.

Mesmo com todas as minhas falhas de caráter, com minhas neuroses, traumas... Medos
Não era você que me assustava.
Mas, eu mesma... 
Minha insegurança, meu medo...
Minha desconfiança de alguém que era tão amável e gentil comigo...

Entendo que me pressionava por preocupar-se comigo e por desejar de coração aberto me ver bem
Eu sou mesmo difícil de lidar e você se saiu bem...

Talvez eu não devesse dizer algo assim
Não quero que você sofra,
Não quero lhe causar algum mal
Mas, assumir coisas... Deixara nossa relação mais saudável.

Tenho minhas frustrações e você as suas...
Isso pode atrapalhar o raciocínio muitas vezes
E nos atingir por coisas que deveriam ser ignoradas
Aprendi tanto com você, com nós.
Será que você aprendeu algo comigo?
Algo realmente bom?
Não me arrependo de momento algum vivido com você,
Mas aqui dentro tem um medo...
De perder e me decepcionar... De novo.


Sei que pisei na bola... Sumi quando deveria estar mais presente...
Talvez...
Falta de comunicação...
Sei que peco nessa parte,
Falo muito comigo e só.
Penso demais.
E isso deixava nuvens negras sobre sua cabeça
E com a sensação que a qualquer momento viria uma tempestade
Que acabaria com tudo

Sei que lhe tratei mal inúmeras vezes...
Não valorizei também como você merece ser valorizado
Não sou boa nessas coisas...
Fingir é difícil.
Bom você tem todo o direito de expor meus erros e falhas, que são muitos, a qualquer momento...
Sou meio paranoica, talvez... Idiota por mexer no que está feito...
Mas há um conflito em mim
Que não me deixa em paz
Um conflito referente a você, referente à suas atitudes.
O rumo que as coisas têm tomado nesses últimos dias, tem me feito muito mal e creio que á você também...
Acho que algumas coisas merecem ser repensadas
Será que você realmente me ama?
Ou será que você está apenas se enganando?
Seria incerteza, a insegurança do futuro?
Quero que você se decida... Resolva o que é bom para você.
Gostaria que você perguntasse tudo o que tem de perguntar a si mesmo...
Colocar pra fora tudo o que precisa dizer: erros, acertos, falhas... Pesar em uma balança
Mas, sem esquecer: algumas coisas podem ser mudadas e outras não.
Independente da conclusão a qual chegar...
Muito obrigada por tudo:
Por ser a parte boa em mim,
Por ser a parte boa em minha vida,
Por ser parte da minha vida,
Obrigada por tudo..
Por me amar quando menos mereci...
Apenas muito obrigada...

"Obrigada por ensinar-me que vida é algo além do corpo, vida não é apenas alma. Se dois corpos não se entendem, como irão entender-se duas almas?"



sexta-feira, agosto 12, 2011

terça-feira, julho 05, 2011

Textinho de um ano atras...



“-E então ‘tá’ a fim de sair hoje?”

Ele perguntou animado, sempre com a esperança de que um dia eu dissesse sim. E obviamente hoje não era O dia e como sempre respondi o clássico:

“- Não”. E afastei-me.

Ué, o que mais eu podia dizer? “Tô” com dor de cabeça ou “minha avó morreu”? Nem ferrando. Dor de cabeça é só pra fugir de sexo e quanto a minha avó... Bem, ela morreu faz tempo e todo mundo sabe.
Queria mesmo é ser sincera. Por mim diria “Preciso ficar sozinha, talvez outra hora. Quando quiser companhia eu aviso”. Mas, isso TODO MUNDO diz que é levar um fora. -Vá lá entender a cabecinha das pessoas. – Então sou direta digo “NÃO” e o fulaninho não se ofende, só fica triste e me ignorando por uns três dias.

Na boa, seria muito engraçado se não fosse tão deprimente. FATO.

Então lhe dei um beijo no rosto, virei às costas. Olhei uma ultima vez dando uma piscadinha
- sei que ele odeia quando faço isso- e entrei em casa.
Tudo escuro, a casa vazia. Silêncio.
Todos foram à Igreja para missa de Páscoa, um instante de fraqueza e pensei: “Já sei. Eu já sei. Era para estar acompanhada nesse momento... PÉRAÍ, o que estou dizendo?”.

“SAÍA DESSE CORPO QUE NÃO TE PERTENCE, AGORA.” Gritei.

Não foi aquele grito do tipo: “acorda vizinho” foi mais do tipo “Enfim, liberdade!”.

Preferia mesmo estar sozinha a ficar ouvindo Alex falar de computadores e informática ou de suas alunas que o assediavam. Alex dá aulas de informática e tenho que admitir, ele é bom nisso, aliás, é bom só em informática, dar aulas não é bem à cara dele. Ele é divertido e simpático, mas, só depois de umas doses de tequila ou três horas de bochechas vermelhas -o que era tão incrivelmente encantador- Se não fosse um “porém”. Eu estava apaixonada.
Incrivelmente apaixonada e ele era tudo o que uma garota quer e sonha... E quando encontra desiste de procurar. É era ele... Ele tirava todas as minhas forças com aquela voz grave, quando me encarava sem dizer uma palavra, mas, quando dizia não me olhava. E não amigos, ele não era tímido, ao contrário, era um conquistador barato que cheirava a cigarro de menta, e com cabelos desalinhados caindo charmosamente sobre olhos negros, misteriosos. É estava sim apaixonadíssima. Entretanto, este não era Alex.




Estava apaixonada por Ryan, o irmão de Alex.



"Se pudesse lhe mataria mil vezes...
Se pudesse me mataria uma vez, sei que esta seria suficiente para mim."