Meus pais não têm a relação mais estável e bonitinha do mundo.
Tolerância não parece ser a coisa mais sensacional quando vista de perto.
Disse a mim mesma que nunca iria namorar...
Convenci-me de que ter um companheiro era ruim.
Não era pra mim... Tinha medo, uma fobia quase incontrolável.
Então conheço um cara diferente, amigo, leal, fiel... E que gosta de mim. E o que fiz?
Tento afasta-lo inconscientemente e sutilmente.
Não consigo relaxar... Não é sua culpa. É minha.
Tantos anos me protegendo de uma dor, mais uma, e estou me ferindo mais.
Não suporto saber que o faço sofrer...
Que o afasto quando o que mais quero é estar ao seu lado.
“Me diz então se valeu a pena se arriscar, correr nas nuvens do céu e do céu despencar?”
Perdi-me, pois nunca senti nada disso. Essa intensidade, a saudades... O desejo.
É apesar do que sinto, erro. Erro nas palavras, nos gestos. Tenho falhas, tantos erros.
E você me abraça.
E quero dizer o que sinto, mas, não consigo.
E agora você está aqui à minha porta.
Pensando em tudo o que vivemos, em todos os momentos.
Mesmo que sorria, posso ler em seus olhos sua própria confusão.
...TEMPO...
"Histórias repetidas sem ponto final. Anacronia superficial."
