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sábado, novembro 27, 2010

Vaidade



Sentada à sombra de minha realidade, escrevo.

Descrevo verdades e mentiras...

Contos sem sentido...

Inconscientemente me surpreendo a desenhar.

Desenho vosso rosto... Com traços difusos, confusos.

Desenho seus olhos, e as pupilas dilatadas revelam desejo.

Entretanto, desejo por quem?

Seria eu a dominar vossos pensamentos?

Seria eu a confundir vossos sentidos?

Seria minha voz que escutas antes de repousar?

Não sei, não sei...

E não há respostas.

Longe de minha vontade querer ser para ti referência.

Porém, ao imaginá-lo...

Meu ser, alegria sente pelo simples pensar em ti.

E tocar sua pele...

Sentir teu coração bater...

Ouvir vossa doce voz...

Algo faz sentido...

Como se um raio de luar invadisse minha casa escura e abandonada...

Clareou...

Revelou...

E ilumina o vazio...

É sublime tal instante.

Dormindo sozinha, sob o domínio da incerteza, sonho.

Sonho uma história completa,

Percorro vales...

Montanhas...

Observo lindas cachoeiras...

Mas, de repente...

Ouço vozes...

Passos...

Tenho medo...

Acordo e, mesmo assustada, percebo minha existência.

E o que nela contém.

Vejo que, aquele com quem estive em sonho, já é realidade,

E ter você aqui, junto de mim...

É mais do que sempre sonhei.

Minto.

És mais, muito mais do que mereço...

Abraçada a ti, sorrio.

Enlouqueço...

Amo...




“E amando você, vivo.”






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