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sábado, novembro 27, 2010

Distorção


Demônios...

Nunca vi algum, tão pouco se sei se existem.

Nem desejo encontrar-me com tal criatura

Entretanto ouvir sua voz ora macia, ora dominadora.

Faz-me ciente da maldade humana.

Olhar fundo em teus olhos é enxergar além

Da mascara de ódio que cobre teu rosto...

Porque se escondes?

Porque se protege?

Porque me apavora a ideia de estar junto a ti?

Isso te diverte. Confessas.

Ter-me como um brinquedo em vossas mãos firmes, frias...

Mãos tão frias quanto, teu coração ferido...

Coração de pedra, ainda há sangue em ti?

Quão dignas são suas palavras?

Quão sinceras vossas ações?

Ora, revela-te a mim de uma vez por todas,

Sabes que sem ti não vivo, por ti morro.

Apago a luz de minha alma se perto estiver

de encontrar sua verdadeira face.

Ora, de vez por todas...

Não tranque vossos belos lábios diante de tal simples pergunta:

O que és tu, criatura ausente de emoções?

Já não importa tua existência?

E tua alma inquieta porque é tão solitária?

Rogo-lhe que não me olhes assim se, de mim ocultas vossas verdades.

Como exige que confie em ti?

Pois bem.

Atravesso contigo bosques e cidades.

Sonharei teus sonhos vazios, egoístas...

Abdicarei de minha vida por ti, criatura infeliz,

Se for o que desejas.

Mas, em troca exijo de ti apenas um motivo para viver contigo...

Não ficais em silêncio...

Responda-me....



Simples: escolhi-te. E só de ti preciso.”



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