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segunda-feira, setembro 28, 2009

O Prólogo dos instantes...



A última tentativa de conversa fora frustrada.
Christopher não demonstrara reações, permaneceu inerte a comentários durante o jantar. Ela esforçou-se para compreender o que Chris tentara dizer, no entando, optou por ignorar e fingiu que tudo estava bem. Nesse cenário, era inevitável notar a beleza que o envolvia ou o encanto nostálgico presente em cada gesto. Ao contemplar sua presença lembrou-se porque o admirava, mas, os lábios bem marcados não esboçavam sorriso algum, sentiu vontade de chorar e desejou abraçá-lo como na primeira vez.
Sim, era impossível negar o quanto o ambicionava, mas, ele não percebeu. Todo o sentimento contido estava tão bem mascarado? Vê-lo assim tão próximo e ao mesmo tempo não tê-lo, causava-lhe a mais profunda dor. Como se uma lâmina de aço a perfurasse no seio. '“O querer é uma faca de dois gumes”, pensou. Ter de escolher entre o orgulho e Christopher parecia inaceitável.
Pediu um momento, afastou-se lentamente e enquanto caminhava retirou um pequeno objeto metalico da bolsa.
O pensamento ausênte estava nele e, os gestos traíram-na.
Christopher em visivel desespero gritou o nome de Mônica, forçando-a a retornar à realidade, correu em sua direção e pegou antes que caisse ao chão.
-Em que está pensando? Seus olhos brilhavam pela preocupação, sem qualquer resquício de paixão.
-Eu não.. Não. Chistoph... A pele morena tornou-se pálida, “Ela” sentiu um arrepio gélido tomando seu corpo ao notar que o sangue manchara o chao do pequeno hall.
Christopher segurou-lhe as mãos, como se fossem mãos de uma criança, beijou-a na testa e em seguida acolheu-a num abraço.. O instante pareceu eterno- a respiração ofegante e quente de Chris acendeu o sentimento contido no corpo ‘dela’, não no coração.
Ele não compreendeu o que aconteceu naquele breve instante e como a indiferença 'dela' a privou da dor física. Acariciando suavemente o rosto de Monica pensou em tudo o que passaram e como se conheceram. Reviveu o primeiro momento com tamanha vivacidade que o tempo parou. Este é o prólogo dos instantes.
Mônica tentou afastar-se do abraço terno de Christopher para tentar encontrar seus olhos. O simples toque, a energia que emanava de ambos era incontrolável. A voz tremula, quase inaldivel de Mônica fez com que Christopher se aproximasse dela... de sua face... de seus lábios... E perdeu o controle de si mesmo.
Suspiro. Saudade. Dor...
Christopher não sentia-se capaz de encará-la, por isso baixou os olhos, respirou profundamente e sussurrou:
-Apenas descanse e viva os meis belos sonhos... Quando acordar ainda estarei aqui, cuidando de você...



"Cometi inúmeros pecados. Fui perdoada e continuo errando.." 

Um comentário:

  1. Oie

    Tem um selinho esperando por você lá no meu blog.

    Passa lá http://anaiarah.blogspot.com

    Bjão

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