Sentada à sombra de minha realidade, escrevo.
Descrevo verdades e mentiras...
Contos sem sentido...
Inconscientemente me surpreendo a desenhar.
Desenho vosso rosto... Com traços difusos, confusos.
Desenho seus olhos, e as pupilas dilatadas revelam desejo.
Entretanto, desejo por quem?
Seria eu a dominar vossos pensamentos?
Seria eu a confundir vossos sentidos?
Seria minha voz que escutas antes de repousar?
Não sei, não sei...
E não há respostas.
Longe de minha vontade querer ser para ti referência.
Porém, ao imaginá-lo...
Meu ser, alegria sente pelo simples pensar em ti.
E tocar sua pele...
Sentir teu coração bater...
Ouvir vossa doce voz...
Algo faz sentido...
Como se um raio de luar invadisse minha casa escura e abandonada...
Clareou...
Revelou...
E ilumina o vazio...
É sublime tal instante.
Dormindo sozinha, sob o domínio da incerteza, sonho.
Sonho uma história completa,
Percorro vales...
Montanhas...
Observo lindas cachoeiras...
Mas, de repente...
Ouço vozes...
Passos...
Tenho medo...
Acordo e, mesmo assustada, percebo minha existência.
E o que nela contém.
Vejo que, aquele com quem estive em sonho, já é realidade,
E ter você aqui, junto de mim...
É mais do que sempre sonhei.
Minto.
És mais, muito mais do que mereço...
Abraçada a ti, sorrio.
Enlouqueço...
Amo...
“E amando você, vivo.”
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